quarta-feira, 16 de junho de 2010

De volta para casa

Tem dias em que me sinto assim, de volta para casa. Calma, segura, sem pressa... Fico então prometendo que não vou mais me deixar atingir tanto por certas coisas. Que não vou sair do sério. Que não vou falar demais; esse, sim, sempre foi o meu maior problema: achar que as pessoas entenderiam a minha verborragia.
Mas as pessoas não compreendem os outros porque não estão tão dispostas a olhar de verdade para os outros. Ouvem e depois vão repetindo o que ouviram à sua tosca maneira. Um belo dia você descobre que "fez" ou "disse" coisas que nunca lhe passaram pela cabeça. Distorcem o que você falou numa ânsia de destruir alguém.
Hoje uma pessoa muito chegada descobriu que está com câncer. Mais uma vez olhei à minha volta e senti que esse ano parece que o mundo vai desabar à minha volta. Tanta coisa ruim acontecendo, gente boa sofrendo, gente ruim se dando bem sempre... Eu mesma fiz coisas que magoaram muito pessoas que me são caras, porém tento ultrapassar a culpa e adquiro uma enorme carapaça que carrego e que está me destruindo.
E tenho essa característica... somatizo tudo o que me acontece na cabeça. Preocupação demais me gerou problemas na coluna cervical, ou seja, o fluxo de energia para o cérebro ficou trancado ali. Carga emocional para "carregar" nas costas resultou em problemas na coluna lombar, denunciando que estou tentando carregar mais peso do que posso.
Estou tentando me livrar desse peso em minha vida. Torná-la mais leve. Me tornar mais leve para os outros, porque sei que sou muito pesada. Mas também gostaria às vezes de simplesmente ser invisível, sumir...

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