tag:blogger.com,1999:blog-67472459755593593862024-02-19T01:25:04.384-08:00Dentro de casaMulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.comBlogger19125tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-72387046869647891242012-06-13T19:31:00.002-07:002012-06-17T11:47:59.386-07:00Mulheres que amam demais<div style="text-align: justify;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUlUfqqu49Mh06kXzrxLFV53xPD2hHHPqXP3f7Arzwn_2b0_ds1QywFd-xB0LFI_0rpF-cTY1HHhGFCHzkGKmJ5gIUN4OPC7S7I_UHB39rLDQtZPdZSd8jPTaRcxe-I6lmlGVcLccSjXY/s1600/site-home_msg_amar.gif" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="261" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUlUfqqu49Mh06kXzrxLFV53xPD2hHHPqXP3f7Arzwn_2b0_ds1QywFd-xB0LFI_0rpF-cTY1HHhGFCHzkGKmJ5gIUN4OPC7S7I_UHB39rLDQtZPdZSd8jPTaRcxe-I6lmlGVcLccSjXY/s400/site-home_msg_amar.gif" width="400" /></a></div><br />
CARACTERÍSTICA DE UMA MULHER QUE AMA DEMAIS<br />
<br />
Robin Norwood<br />
<br />
Vem de um lar desajustado, em que suas necessidades emocionais não foram satisfeitas.<br />
<br />
Como não recebeu um mínimo de atenção, tenta suprir essa necessidade insatisfeita através de outra pessoa, tornando-se superatenciosa, principalmente com homens aparentemente carentes.<br />
<br />
Como não pode transformar seus pais nas pessoas atenciosas, amáveis e afetuosas de que precisava, reage fortemente ao tipo de homem familiar, porém inacessível, o qual tenta, transformar através de seu amor.<br />
<br />
Com medo de ser abandonada, faz qualquer coisa para impedir o fim do relacionamento.<br />
<br />
Quase nada é problema, toma muito tempo ou mesmo custa demais, se for para "ajudar" o homem com quem está envolvida.<br />
<br />
Habituada à falta de amor em relacionamentos pessoais, está disposta a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais.<br />
<br />
Está disposta a arcar com mais de 50% da responsabilidade, da culpa e das falhas em qualquer relacionamento.<br />
<br />
Sua auto-estima está criticamente baixa, e no fundo não acredita que mereça ser feliz. Ao contrário, acredita que deve conquistar o direito de desfrutar a vida.<br />
<br />
Como experimentou pouca segurança na infância, tem uma necessidade desesperadora de controlar seus homens e seus relacionamentos. Mascara seus esforços para controlar pessoas e situações, mostrando-se "prestativa".<br />
<br />
Esta muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação.<br />
<br />
Tem tendência psicológica, e com freqüência, bioquímica a se tornar dependente de drogas, álcool e/ou certos tipos de alimento, principalmente doces.<br />
<br />
Ao ser atraída por pessoas com problemas que precisam de solução, ou ao se envolver em situações caóticas, incertas e dolorosas emocionalmente, evita concentrar a responsabilidade em si própria.<br />
<br />
Tende a ter momentos de depressão, e tenta previní-los através da agitação criada por um relacionamento instável.<br />
<br />
Não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão interessados nela. Acha que esses homens "agradáveis" são enfadonhos.Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-79599651217192330152011-06-20T16:09:00.000-07:002011-06-20T16:11:21.645-07:00(Poema)<div></div><blockquote><div>Vieste quando eu não te esperava. </div><div>Partiste quando eu mais te precisava. </div><div>Demoraste tanto a chegar </div><div>E levaste tão pouco tempo para ir. </div><div>Levaste tanto de mim </div><div>E deixaste tão pouco de ti, </div><div>Em vagos detalhes que ficaram contidos, </div><div>Nesta saudade, </div><div>Neste vazio, </div><div>Nesta lembrança.<blockquote></blockquote></div><div>(Aluísio Cavalcante Jr.)</div></blockquote><div></div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-24220123251880562982010-12-06T10:26:00.000-08:002010-12-10T10:27:32.619-08:00Tentei<div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Tentei</div><div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Tentei ser quem eu não era</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Tentei não escutar mais aquelas músicas</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Nem lembrar daquilo que elas me lembravam</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Mas de nada adiantou<blockquote></blockquote></div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Alguém algum dia te faz sofrer</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>E isso acaba voltando<blockquote></blockquote></div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Mesmo debaixo daquele monte de cinzas</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Em que sua vida se transformou</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Existe uma pessoa que você sempre vai ser</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>E nada nem ninguém pode mudar<blockquote></blockquote></div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>O fogo foi alto</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Queimou tudo o que era vivo em mim</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Restaram cinzas</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>E uma brasa para sempre ardendo</div><div><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></span>Que nada nem ninguém poderá apagar.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: center;"><object width="353" height="132"><embed src="http://www.goear.com/files/external.swf?file=d25f03b" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" quality="high" width="353" height="132"></embed></object> </div></div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-2738367220817661052010-11-12T16:25:00.000-08:002010-11-12T16:27:50.188-08:00...<blockquote>O que acontece<br />quando se perde a essência<br />a razão de ser<br />a alegria de viver<br />e tudo à sua volta é sem graça<br />nada tem luz<br />tudo te agride.<blockquote></blockquote>Não quero rótulos<br />não quero consolo<br />não quero ombro amigo.<blockquote></blockquote>Não me mandem procurar ajuda<br />não me deem conselhos<br />muito menos digam que isso passa!<blockquote></blockquote>Criei a mim mesma<br />recriei<br />reinventei<br />e perdi a mim mesma.</blockquote>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-2294555261095626282010-10-24T06:02:00.000-07:002010-10-24T06:07:11.770-07:00Cansei<div></div><blockquote><div>Cansei de viver mil vezes em apenas uma vida,</div><div>lutar por causas perdidas e sempre sair sem medalha,</div><div>cansei de estar antes do ontem e depois do amanhã,</div><div>desconhecendo a palavra recompensa apesar dos meus atos.<blockquote></blockquote></div><div>Cansei de caminhar na dúvida, não tenho mais certezas,</div><div>corro atrás das nuvens num dia de sol</div><div>e alcanço o sol num dia de chuva.<blockquote></blockquote></div><div>Chega de chorar e sorrir com tristeza,</div><div>cancelar sonhos em prol de terceiros,</div><div>acreditar em coisas que ninguém mais acredita,</div><div>esperar quando ninguém mais espera.<blockquote></blockquote></div><div>Chega de identificar um sorriso triste</div><div>e uma lágrima falsa</div><div>cair no fundo do poço e não ter ajuda,</div><div>me enganar e sempre me dar mais uma chance.<blockquote></blockquote></div><div>Cansei de estar em mil lugares de uma só vez,</div><div>fazer mil papéis ao mesmo tempo,</div><div>ser forte e fingir ser frágil pra ter um carinho...</div><div>Cansei de me perder em palavras</div><div>e depois perceber que me encontrei nelas,</div><div>distribuir emoções que nem sempre são entendidas.<blockquote></blockquote></div><div>Cansei de comprar, emprestar, alugar, vender sentimentos,</div><div>mas jamais dever,</div><div>construir castelos na areia,</div><div>vê-los desmoronados pelas águas e ainda assim amá-los.<blockquote></blockquote></div><div>Chega de saber dar o perdão,</div><div>e tentar recuperar o irrecuperável,</div><div>entender o que ninguém mais conseguiu desvendar.</div><div>Chega de estender a mão a quem ainda não pediu,</div><div>e doar o que ainda não foi solicitado...<blockquote></blockquote></div><div>Tenho vergonha de chorar por amor,</div><div>não sei a hora certa do fim,</div><div>espero sempre por um recomeço...</div><div>Não tenho mais a arrogância</div><div>de viver apesar dos dissabores,</div><div>das desilusões, das traições</div><div>e das decepções.</div><div>Sou mãe da minha filha e não</div><div>dos filhos dos outros.<blockquote></blockquote></div><div>Não tenho total confiança no amanhã</div><div>nem aceitação pelo ontem,</div><div>Desbravo caminhos difíceis</div><div>em instantes inoportunos</div><div>sem fincar a bandeira da conquista.</div><div>Volto no tempo todos os dias</div><div>e vivo por poucos instantes</div><div>coisas que nunca ficaram esquecidas.<blockquote></blockquote></div><div>Não tento mais encontrar</div><div>uma flor no deserto,</div><div>água na seca e labaredas no mar.<blockquote></blockquote></div><div>Cansei de chorar calada</div><div>as dores do mundo</div><div>e em apenas um segundo já estar sorrindo.</div><div>Subo degraus</div><div>e se tiver que descê-los</div><div>não preciso de ajuda,</div><div>tropeço, caio e volto a andar.<blockquote></blockquote></div><div>Chega de ser super-homem</div><div>quando o sol nasce</div><div>e virar Cinderela</div><div>quando a noite chega.<blockquote></blockquote></div><div>Cansei!</div><div>Cansei de ser acima de tudo</div><div>um estado de espírito,</div><div>ter dentro de mim</div><div>um tesouro escondido</div><div>e não poder dividi-lo com o mundo!!!</div><div><blockquote></blockquote><i>(Escrevi isso baseada em uma daquelas "lindíssimas" e inúteis mensagens de auto ajuda que lotam minha caixa de emails. Bastou inverter os sentido das frases...)</i></div></blockquote><div></div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-3696414447617453392010-10-16T09:37:00.000-07:002010-10-16T09:42:06.618-07:00Couro cru<div></div><blockquote><div>Couro Cru<blockquote></blockquote></div><div>Leopoldo Rassier<blockquote></blockquote></div><div>Couro cru, carnal a mostra,</div><div>Não sou feito pra quem gosta</div><div>De várzeas sem tacurus.</div><div>Outro curtido não tive</div><div>Que a chuva caindo livre</div><div>No canal de couro cru.<blockquote></blockquote></div><div>Batido a sol e sereno,</div><div>Sou pequeno entre os pequenos,</div><div>Igual entre os meus iguais.</div><div>Um lombo-duro entre os fortes</div><div>E embora vergue ou me entorte</div><div>Ninguém me põe nos varais.<blockquote></blockquote></div><div>Me apontam o dedo</div><div>Me chamam bagual,</div><div>Matambre dos duros,</div><div>Sem cinza e sem sal.</div><div>Sem furo na guampa,</div><div>Sem marca ou sinal,</div><div>O dedo me apontam,</div><div>Me chamam bagual!<blockquote></blockquote>Couro cru, carnal a mostra,</div><div>Não sou feito pra quem gosta,</div><div>De várzea sem tacurus.</div><div>Aos que me apontam o dedo</div><div>Falta cerne ou sobra medo</div><div>Pra sovar um couro cru...</div><div>Pra sovar...</div><div>Um couro cru!</div></blockquote><div></div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-55891718563864589792010-08-30T08:01:00.001-07:002010-08-30T08:01:48.881-07:00Poema meu<div>Preciso de depilação</div><div>E de manicure</div><div>Preciso de uma nova paixão</div><div>Um amor que não dure</div><div><br /></div><div>Quero a noite escura</div><div>E a solidão da mente</div><div>Eterna a minha procura</div><div>Pela alma ardente</div><div><br /></div><div>Perco o sentido</div><div>Tudo é dolorido</div><div>E me faz cansar</div><div><br /></div><div>Começo e termino</div><div>Assim meu desatino</div><div>Ofereço meu olhar</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-67928022337070140952010-07-22T20:15:00.000-07:002010-07-22T20:17:48.500-07:00Capítulo 5<div style="text-align: justify;">Marcelo apareceu na noite seguinte, e na outra também. Mas Clara não parecia disposta a conversar muito. Sentia como se estivesse se abrindo e não queria. Desconfiada, sempre fora. Ficava escutando as conversas dele com Maria e Daniel, às vezes riam bastante, às vezes ficavam lembrando de pessoas que conheciam.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Sempre fora meio anti-social. Não se interessava pela vida de pessoas que nem conhecia. Fofocas, então, sempre era a última a saber e, mesmo assim, muitas vezes nem sabia de quem se tratava. Aquilo a irritava um pouco. Várias coisas a incomodavam.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Até que, em poucos dias, Marcelo apareceu de manhã. Ela ouviu a conversa alta na cozinha, que também era sala ao mesmo tempo. Não gostou de ser acordada tão cedo, afinal queria descansar, era para isso que estava ali. Só para isso?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Bateram na porta de seu quarto.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Entra! - ela falou, desanimada.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Era Marcelo. Como ele se atrevia bater assim à sua porta?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- O que foi?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Levante daí e vamos sair...</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E saiu. Ela sentia agora o adorável cheiro de café recém passado. Vestiu um jeans velho, um blusão de lã bem grosso que adorava e que lhe caía muito bem, uma touca e umas botas estilo cowboy. Escovou os longos cabelos loiros e chegou à sala. Não havia ninguém. Estavam lá fora, com suas xícaras de café, sentados ao sol.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Marcelo estendeu uma para ela e sorriu, olhando-a nos olhos de um jeito que a fez sorrir também.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">- Tome somente o café. Vamos comer na cidade. Você vai gostar. A melhor confeitaria daqui!</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Ela tomou o café e entrou no Jeep com ele. Ele lhe ofereceu um cigarro, ela aceitou. Sempre tinha adorado fumar andando de carro - embora não tivesse o vício de fumar, apenas um hábito que lhe dava prazer. Ele ligou o som e uma música antiga tocava. Vieram recordações à cabeça de Clara. Mas não recordações de coisas que aconteceram, e sim de coisas que ela costumava sentir há muito tempo atrás.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-44039850084203835872010-07-22T19:37:00.000-07:002010-07-22T19:37:09.938-07:00No quarto<div style="text-align: justify;">Gosto de dormir no quarto de minha filha, de vez em quando. Porque adoro dormir sozinha. E adoro dormir sozinha num quarto pequeno, fofo. E acho que adoro dormir aqui porque me sinto com 12 anos de novo.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Por motivos que aqui não interessam, até essa idade, eu dormia no quarto da minha mãe. Tive, quando menor, um quarto junto com meu irmão, também. Mas sempre quis ter o MEU quarto. Quando consegui, foi um dos melhores dias da minha vida. Um daqueles dias que a gente grava na memória.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O quarto era pequeno como esse aqui, mas nem de longe tão arrumadinho e cheio de brinquedos. Com 12 anos eu já não brincava mais também. O quarto tinha a minha cama de solteira, o guarda-roupas que tinha sido de meu pai quando ele ainda era casado com minha mãe, e um tapete.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Tinha também uma pequena caixa de madeira, com chave, que eu fazia de mesinha de cabeceira. Guardava ali meus pequenos tesouros: meus poucos livros, aqueles caderninhos que a gente fazia questionário ou que dava para os amigos assinarem com alguma dedicatória, e algumas bijouterias.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Em cima dessa caixa havia um tesouro maior ainda, que não sei aonde foi parar. Era um relógio daqueles de corda, que faziam tique-taque, e despertava com o barulho de uma caixinha de música. Muito antigo. Verde clarinho. Com a foto de minha mãe e meu pai abraçados, ainda namorados.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">O tal relógio não funcionava. Eu, fuçadeira igual a meu pai, desmontei o relógio e mexi até arrumá-lo. Que maravilha era acordar nas manhãs frias para ir para o colégio com aquela musiquinha tão delicada.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">E aqui, agora, no quartinho da minha filha, me sinto com 12 anos de novo. Eu já escrevia. Em cadernos velhos, em folhas soltas. Está tudo guardado. Talvez qualquer dia eu abra meus guardados. Quem sabe para tentar descobrir aonde foi parar aquela menina tão cheia de sonhos...</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-56619114335693945962010-07-09T21:43:00.000-07:002010-07-09T21:47:26.742-07:00Poço<div style="text-align: justify;">Dizem que se a gente chegar ao fundo do poço, dali só podemos subir. E que se dermos alguns passos para trás, só se for para pegar impulso e ir para a frente. Pois bem. Acho que estou lá no fundo. Parei de cair. Parei de olhar para o chão. Olhei para cima, e lá vi uma luzinha... miragem?</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A luz que eu vejo me seduz. Por vezes, passa uma nuvem, às vezes branquinha, às vezes cinzenta e carregada. Nesse poço ainda me sinto protegida. De mim mesma. Porque realmente faço coisas que me dão medo. Não me entendo, também, por vezes. Mas já paguei a conta do analista<i> "pra nunca mais ter que saber quem eu sou".</i></div><div style="text-align: justify;"><i><br />
</i></div><div style="text-align: justify;">Na verdade, algumas coisas sei sobre mim, porque se repetem. Não há como não ver. Também se eu digo que <i>sou assim, </i>acabo <i>sendo</i> assim. Mas gosto de minha companhia, na maioria das vezes. Me divirto estando só, com meus pensamentos, sonhos, loucuras, e gosto de ser diferente.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">A única coisa que realmente me incomoda é o lugar em que vivo, onde as pessoas me veem como louca. Lugares maiores: lá, a gente pode andar como quiser e tudo é normal. Se você senta no meio-fio, ninguém fica te olhando. Ninguém analisa sua roupa, nem se você caminha cantando pela rua. Nem te julgam pela tua idade, se você tem um comportamento adequado <i> para a sua idade.</i> E isso até os mais jovens fazem em cidades de mentalidade pequena como a minha.</div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Aqui é o poço. E dele, estou começando a sair. Me aguardem. A vida me aguarda.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-26183945575657368172010-06-24T12:18:00.000-07:002010-06-24T12:36:27.393-07:00Capítulo 4<div style="text-align: justify;">Clara agora cavalgava todos os dias por mais de hora. Às vezes parava e deitava na relva, sentindo o sol de inverno queimar seu rosto. Chorava, então. Muito. Não sabia bem por quê. Mas se sentia esvaziada quando chorava. Maria e Daniel notavam seus olhos inchados mas nada falavam. Deixavam-na assim, quieta, bebendo seu cálice de vinho em frente à lareira antes do jantar.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Uma noite, chegou uma visita. Era um homem um pouco mais novo do que ela, sobrinho de Maria. Levou um violão e, depois do jantar, saiu para a varanda e começou a dedilhar uma canção.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Era uma noite quente, em pleno inverno, anunciando que vinha chuva. Ficaram ali, sentados, ouvindo o violão até tarde. Então o casal se recolheu. Quando Clara se deu por conta, estava a sós com o estranho e se sentiu bem. Ele a olhava de vez em quando, enquanto cantava. Ela sorria.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>De repente, começou a tocar uma música que Clara conhecia, e ela, sem querer, começou a cantar. O estranho, que se chamava Marcelo, ia cantar junto, mas preferiu calar-se e deixá-la cantar sozinha. A princípio timidamente, depois com mais paixão, Clara cantou várias músicas. Até que, ao fim de uma delas, baixou os olhos e teve aquela mesma sensação de vazio que sentia quando chorava.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>O silêncio durou um tempo, então Marcelo foi embora em um Jeep barulhento.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Ela sabia que em breve as coisas teriam que mudar. Suas "férias" não durariam para sempre. Teria que ter muita coragem.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-13248329096074977882010-06-24T12:06:00.000-07:002010-06-24T12:17:00.800-07:00Ansiedade<div style="text-align: justify;">Bipolar.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Quem esse médico pensa que é para me dar um rótulo? Em apenas 20 ou 30 minutos de conversa... Mais eficiente do que muito radiologista, para enxergar a gente assim, por dentro...<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Continuo triste. Continuo ansiosa.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Não estou nos meus melhores dias. É quando você sabe que é perfeitamente dispensável para a maioria das pessoas. É quando você não consegue ser especial mesmo para as pessoas para quem significa algo. É quando, depois de tantos anos, você parece ter caído em um vácuo, e a sua vida não tem mais sentido nenhum, e você não tem forças para levantar, nem vontade.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Sigo fingindo. Tento um pouco todos os dias. Mas devo aprender a contar até 100, porque até 10 já não adianta mais.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-31173652371018039552010-06-16T11:58:00.001-07:002010-06-16T12:22:58.082-07:00De volta para casa<div style="text-align: justify;">Tem dias em que me sinto assim, de volta para casa. Calma, segura, sem pressa... Fico então prometendo que não vou mais me deixar atingir tanto por certas coisas. Que não vou sair do sério. Que não vou falar demais; esse, sim, sempre foi o meu maior problema: achar que as pessoas entenderiam a minha verborragia.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Mas as pessoas não compreendem os outros porque não estão tão dispostas a olhar de verdade para os outros. Ouvem e depois vão repetindo o que ouviram à sua tosca maneira. Um belo dia você descobre que "fez" ou "disse" coisas que nunca lhe passaram pela cabeça. Distorcem o que você falou numa ânsia de destruir alguém.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Hoje uma pessoa muito chegada descobriu que está com câncer. Mais uma vez olhei à minha volta e senti que esse ano parece que o mundo vai desabar à minha volta. Tanta coisa ruim acontecendo, gente boa sofrendo, gente ruim se dando bem sempre... Eu mesma fiz coisas que magoaram muito pessoas que me são caras, porém tento ultrapassar a culpa e adquiro uma enorme carapaça que carrego e que está me destruindo.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>E tenho essa característica... somatizo tudo o que me acontece na cabeça. Preocupação demais me gerou problemas na coluna cervical, ou seja, o fluxo de energia para o cérebro ficou trancado ali. Carga emocional para "carregar" nas costas resultou em problemas na coluna lombar, denunciando que estou tentando carregar mais peso do que posso.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Estou tentando me livrar desse peso em minha vida. Torná-la mais leve. Me tornar mais leve para os outros, porque sei que sou muito pesada. Mas também gostaria às vezes de simplesmente ser invisível, sumir...</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-45360485838013996932010-06-07T16:31:00.000-07:002010-06-07T17:03:14.555-07:00Capítulo 3<div style="text-align: justify;">Ela entrou na casa, tão familiar para ela. Ao mesmo tempo, era estranho estar ali, naquele momento. O casal, Maria e Daniel, começou a tirar umas coisas do carro, mas ela ficou ali, paralisada, maravilhada com tudo... como poderia tudo estar no mesmo lugar depois de tanto tempo?<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">De repente ouviu um grito vindo lá de fora:<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">- Clara!<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Era ela, Clara! Seu nome parecia ter saído de um túnel do tempo, se é que existe um túnel do tempo.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">- Sim? - respondeu. - Ah! Deixem eu ajudá-los!<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">- Não! Apenas queremos que solte os cavalos lá atrás!<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">- Eu? Soltar os cavalos?<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">- Sim, você sempre adorou eles...<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Estranho... Mas fez o que eles mandaram. Quando chegou lá e sentiu o cheiro dos animais, lembrou de seus cabelos voando enquanto cavalgava, de vestido e pés descalços. O arrepio que sentia ao entardecer, quando começava a esfriar, e também do frio na barriga que sentia quando o cavalo apertava o passo.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">O que mais adorava era quando cansava, descia da sela e caminhava no pasto, o contato úmido com seus pés, a solidão e a paz indescritível que tomavam conta dela. As sensações que percorriam seu corpo depois de cavalgar... Havia um pequeno riacho onde sentava e observava umas pequenas borboletas amarelas que se reuniam ali às vezes.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>De repente, sentiu um cheiro maravilhoso, que a fez ir para dentro da casa. Maria havia passado café. E Daniel estava colocando sobre a mesa aqueles biscoitos de polvilho que ela amava, uma geléia de morango e um queijo branco. Olhou para ela e disse:</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>- Sente-se. Você precisa descansar. Agora vai ver que tudo vai ficar bem.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Ela baixou o olhar para a mesa, alisou com a mão a toalha de linho meio amarelada, e sentiu um misto de alívio e tristeza. Sentiu saudades da filha.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-83083705001946172792010-06-07T16:20:00.000-07:002010-06-07T16:56:47.023-07:00O túnel<div style="text-align: justify;">Volto o olhar para dentro de mim e não consigo enxergar a verdade... tudo o que vejo é uma pessoa infeliz, insatisfeita, arrependida de suas escolhas e sem coragem de seguir em frente.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Até que ponto o que sinto é uma doença? Ou é realmente infelicidade, insatisfação com a vida? Onde está o limiar da loucura? Onde está o ponto de onde não podemos mais voltar atrás? Ou de onde não podemos continuar mais?</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">A cada dia percebo um pouquinho sobre esse mal estar. Quando estou fraca, tudo me atinge, um simples bom dia que eu sei que é falso me derruba, uma pessoa demonstrando má vontade e... é como se um tiro me atingisse.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Saio de casa com um frio na barriga, aos poucos me encaixo no andar da carruagem, mas ao final do dia tenho a sensação de que vou explodir.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Então, esse fim de semana resolvi pensar em uma coisa de cada vez. Saí para caminhar muito, olhar vitrines, comprar umas coisinhas. No outro dia, fiz exercícios, o que me dá muito prazer.<blockquote></blockquote> Tenho que redescobrir o prazer em minha vida de qualquer forma! Uma pessoa que me atende bem em uma loja já me faz acreditar de novo no ser humano, que tantas decepções tem me proporcionado. Uma frase bem escrita me dá prazer, um comentário no blog me instiga a escrever mais...<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Parece que estou caminhando "no vale das sombras". Um momento negro de minha vida. Mas tenho que passar por isso, é como um túnel que me levará a um mundo cheio de sol do outro lado. O tamanho desse túnel sou eu que vou determinar.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-47307432422324324342010-05-30T16:48:00.001-07:002010-07-25T19:19:11.865-07:00Fragmentos<div style="text-align: justify;">Essa história que estou tentando escrever na verdade é composta por fragmentos de um sonho que tive e um pouco das coisas que gostaria que acontecessem. Atualmente o que me faria mais feliz é me ausentar da realidade um tempo, fugir de todos e talvez de mim mesma. Sinto-me sufocada com coisas que não entendo, triste com minha vida e também tentando entender o que é.</div><div style="text-align: justify;"><i><blockquote></blockquote></i></div><blockquote><div style="text-align: justify;"><i>"Parece cocaína</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Mas é só tristeza</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Talvez tua cidade</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Muitos temores nascem</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Do cansaço e da solidão</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Descompasso, desperdício</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Herdeiros são agora</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Da virtude que perdemos...</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Há tempos tive um sonho</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Não me lembro, não me lembro...<blockquote></blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Tua tristeza é tão exata</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E hoje o dia é tão bonito</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Já estamos acostumados</i></div><div style="text-align: justify;"><i>A não termos mais nem isso...</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Os sonhos vêm e os sonhos vão</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E o resto é imperfeito...<blockquote></blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Dissestes que se tua voz</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Tivesse força igual</i></div><div style="text-align: justify;"><i>À imensa dor que sentes</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Teu grito acordaria</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Não só a tua casa</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Mas a vizinhança inteira...<blockquote></blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><i>E há tempos</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Nem os santos têm ao certo</i></div><div style="text-align: justify;"><i>A medida da maldade</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E há tempos são os jovens</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Que adoecem</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E há tempos</i></div><div style="text-align: justify;"><i>O encanto está ausente</i></div><div style="text-align: justify;"><i>E há ferrugem nos sorrisos</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Só o acaso estende os braços</i></div><div style="text-align: justify;"><i>A quem procura</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Abrigo e proteção...<blockquote></blockquote></i></div><div style="text-align: justify;"><i>Meu amor!</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Disciplina é liberdade</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Compaixão é fortaleza</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Ter bondade é ter coragem (Ela disse)</i></div><div style="text-align: justify;"><i>Lá em casa tem um poço</i></div><div style="text-align: justify;"><i><div style="text-align: justify;"><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; ">Mas a água é muito limpa..."</div></div></i></span></div><div style="text-align: right;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><blockquote></blockquote><div style="text-align: right;"><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: right; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;"><blockquote></blockquote>(Há Tempos - </span><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: right; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Legião Urbana - </span></div></div></div></i></span></div></div></i></span><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: right; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; "><i><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal;">Composição: Dado Villa-Lobos/Renato Russo/Marcelo Bonfá)</span></div></div></div></i></span></div></div></i></span></div></div></div></i></span></div></div></i></div><div style="text-align: center;"><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: right; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: right; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span"><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><div style="text-align: justify; display: inline !important; "><span class="Apple-style-span"><object width="353" height="132"><embed src="http://www.goear.com/files/external.swf?file=8ef1e05" type="application/x-shockwave-flash" wmode="transparent" quality="high" width="353" height="132"></embed></object></span></div></div></div></span></div></div></span></div></div></div></span></div></div></div></span></div></div></div></i></span></div></div></i></div></blockquote>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-79422839376349969952010-05-29T09:10:00.000-07:002010-05-29T12:01:21.371-07:00Capítulo 2<div style="text-align: justify;">Começou então a acordar daquela espécie de torpor em que se encontrava, e o carro estava dando problemas. O casal de velhos parecia não se importar muito com esse fato, e ela começou a ficar ansiosa.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Haviam saído da estrada principal, que era de asfalto e ia dar em um grande cidade, que ela avistou ao longe. Agora, andavam por uma estrada de terra, cercada de plantações e campos. Ela começou a falar com eles e disse:<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">- Vamos parar ali naquele posto, tem um telefone, eu posso mandar vir um carro nos buscar, senão acabaremos parados no meio da estrada!<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">O casal ria, pareciam ser pessoas simples e felizes. O homem respondeu:<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">- Não se importe com esse velho carro! Sempre acaba nos levando aonde queremos!<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">A mulher se chamava Maria e usava um xale de lã branco parecido com um que sua avó tinha. Lembrou da avó enrolada naquele xale assistindo às novelas da televisão. E pensou em como as coisas podiam ser tão simples, às vezes. Para espantar o frio, xale de lã. Para passar o tempo, televisão. E o dia acabava, e sua avó ia dormir, simples assim.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Estava anoitecendo e, estranhamente, parecia normal ela estar ali com dois estranhos tão amáveis. Na verdade, não pareciam estranhos, pareciam já conhecê-la. Estavam levando-a para sua fazenda. Ela sabia. Tinha uma casa simples lá, bem aconchegante, com um fogão a lenha na sala - que era cozinha e sala ao mesmo tempo.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Como é que ela já conhecia essa fazenda? Isso ela não sabia dizer.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-65076046869040465632010-05-28T08:27:00.001-07:002010-05-28T08:37:44.663-07:00Capítulo 1<div style="text-align: justify;">Ela acordou e não entendia aonde estava. O homem, de idade já meio avançada, olhava para ela de perto. Aos poucos foi-se dando conta de que estava em um espécie de hospital ou clínica. Não lembrava de como tinha ido parar ali. Mas lembrava de que tinha um marido e uma filha em outro país. E de alguma forma sabia que não precisavam dela por lá.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Outro flash de memória lhe passou pela cabeça e ela viu-se mais velha, e ansiou por um espelho. Queria saber se realmente o tempo havia passado. Não era ela. Era a mulher do homem que estava ao seu lado. E ele queria tirá-la dali.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Dormiu de novo. Era um sono interrompido; cada vez que acordava, sua cabeça era de um vazio total. Aos poucos, se lembrava de alguma coisa. E dormia de novo. Sonhou que andava nos corredores do hospital - ou clínica - em uma maca, às pressas. Viu uma estrada empoeirada onde andavam ela, o homem e sua mulher em um velho carro.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Pensou que poderia ajudá-los de alguma forma. Afinal, ela tinha dinheiro em outro país. E eles pareciam necessitar de muita coisa.</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6747245975559359386.post-76924705173976258892010-05-28T07:36:00.000-07:002010-05-30T17:02:17.225-07:00Dentro de casa<div style="text-align: justify;">Resolvi criar outro blog para falar de coisas que passam dentro da minha cabeça de madrugada, histórias que imagino, coisas que sonho, ideias lá do fundo da alma, desvarios, e tudo que me der vontade.<blockquote></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Quando criei o blog <a href="http://noauge4ponto0.blogspot.com/" target="_blank">Mulher de 40</a>, comecei falando de mim e do que gosto, e, conforme o blog foi crescendo e ganhando visibilidade, passei a me importar mais e mais com a qualidade dos posts, em agradar os leitores, e a vaidade me ajudou a querer "aparecer" mais e mais.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Assim, certas coisas mais obscuras me parecem ser desagradáveis para as pessoas, e não falo. Mas em mim há uma necessidade cada vez maior de escrever e escrever. Às vezes acordo de madrugada com sonhos completamente malucos, e tento fixá-los na memória para contar depois... mas eles se vão...</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Hoje consegui gravar um sonho... não me importei em perder o sono e em ficar pensando no que havia sonhado e em como poderia transformar tudo aquilo em palavras. Infelizmente apenas quando estou assim, acho que dizem "em alfa", as ideias correm livremente pela minha cabeça, e eu gostaria de ter um pen drive plugado no cérebro para gravar tudo o que voa em minha mente.</div><div style="text-align: justify;"><blockquote></blockquote>Aqui, não quero me preocupar em ser popular, embora não ache que isso seja uma coisa ruim, é uma característica bem humana, enfim. Quero abrir as asas e voar com minha mente, minhas loucuras, meus devaneios. Quero procurar o meu lado mais obscuro. Quero entrar para dentro da minha casa!</div>Mulher de 40http://www.blogger.com/profile/15787414656698829307noreply@blogger.com4